Tenho uma pequena plantação, cultivada com muito zelo, em vasos, vasinhos e vasões. A maior das minhas culturas se resume a um grande pé de café, que plantei ainda pequeninho (na foto, mas hoje está bem maior). Café tem folhas verdinhas e brilhantes. Mas também tenho pequenos bonsais - jaboticaba, figo, goiaba, araçá, fruta de conde. Destes, somente o figo já frutesceu. Tão bonitinhos e cheirosos. Ando esperando que brotem ainda os morangos, a cerejeira, a mangueira e... Pois é: aí começa a pequena história que colhi hoje cedo na plantação. Entre os diversos vasos, me dei conta de dois que eu havia colocado no peitoril da janela, por falta de espaço para as operações delicadas de poda e nutrição que eu andei fazendo, e os havia esquecido. Um deles estava vazio; o outro, eu já não lembrava o que havia plantado lá. A terra estava seca. Lamentei o esquecimento e fui derramar a terra estéril. Surpresa! A terra seca escondia uma semente de pêssego que, para minha surpresa, já mostrava algumas finas raízes... secas. Lembro que quando plantei o caroço duro daquela fruta, duvidei de que pudesse brotar, mas plantei mesmo assim. E ela estava brotando! Fiz um transplante cuidadoso e a replantei aos pés do cafezeiro, onde a terra me parece mais fértil e sombra da farta folhagem garante sempre uma boa sombra. Acreditem... as sementes sempre brotam; todas! Apesar de nós.
Fiquem na paz.
Amor, desta Hanna sementeira.
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