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23 março 2010

Andei pensando...poesia

PONTOS DE CONFETES

Palavras sobram e dançam nuas
Mentiras amenas, verdades cruas,
Há sempre o que ser dito
Seja lá o que for
O equilíbrio é o meio da dor

Mas onde está o ponto afinal?

Não importa o que
Ou como dizer
Para quem ou para que
Há sempre o que ser dito
Pensado, prescrito, reticente, calado

Mas nunca chega o ponto final.

Saquinho de confetes
que grudam nos corpos suados
Pontos coloridos
prontos para serem usados.

Hanna

15 março 2010

Tentando poesias

CANTEIROS

Ah, como me encanto com teu canto livre
Como me enlevo quando dizes o que dizes
Ah, se amar é vento, ventania, suspiro
Como quer-te apenas porque existes?

Não, não penses que me pesas em palavras
Quero ouvir, mesmo que mudo, o teu cantar
Se o amor é timbre e em tudo ecoa como sussurro ao vento
Por que não desejar ao menos um só momento
Como uma gema tua vida adornar?

O encanto é mera distração de almas cansadas
Não descreve o instante breve uma só palavra
Querer o indizível é pura audácia, irmã do espanto
Agonia insone de quem sabe as notas, mas não o canto.

Como apagar o texto não escrito?
Como anular o verbo ainda não dito?
Como, por Deus bendito, impedir o pranto?
Como, por todos os anjos, mesmo que aflitos?
Como deixar morrer o não nascido?
Como abortar ao mundo os acalantos?
Como, se ainda nem ao menos existo?

Hanna