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02 março 2010

As vírgulas do universo

O Universo pode ser definido e descrito de formas variadas — e todas as formas serão a forma correta — assim como os retalhos, infinitos retalhos que vão compor uma colcha ao final do movimento. Poderá o objeto feito de pequenos pedaços emendados servir de alento e aconchego; de espaço justo da escuridão; de vida, de morte, de sonho, de fantasia, de esperança, de beleza. Poderá ser entendido apenas como a vida, que vem aos poucos e vai acumulando pedacinhos à revelia. Será, a revelia, uma construção a dois, a dez, a um milhão? Revelia será apelido do acaso, por acaso? Seja como for, são apenas pedacinhos que escolhemos emendar ao longo do espaço-tempo. Os quadrados que se aprontam, fechando-se em território particular, nem sempre encontram emenda na mesma colcha onde começaram a se formar. Penso que as colchas de retalho são forjadas pela experiência, e os acontecimentos são uma espécie de linha a tudo emendar. Mas a vida... a vida, ao final, não tem como emendar. Vida que sempre segue. Estas são reflexões esparsas de quem às vezes olha com um olho só para um determinado retalho que se perdeu da colcha maior. A música parece a linha que nos faz viajar em meio à entropia do universo colorido, encontrando quantas colchas resolvemos não costurar. Vejam que lindas as músicas que hoje ouvi, em sequência, no caminho para o Centro da Cidade. Parecem, as duas, com uma vírgula escrita pelo universo, na frase que encaminha o último parágrafo para o derradeiro ponto final.

Barão Vermelho, em releitura do velho e bom Erasmo (e Roberto Carlos... ah, vai... ele também é bonzinho...rsrs.), na música "Quando".
Íxi!!!! Não encontrei no Youtube. Fico devendo esta, mas tentem encontrar, porque ficou bacana com o Frejat. Mas como no universo até as vírgulas são construções entre várias partes, ouçam esta segunda música, que veio na sequência de "Quando". O velho e sábio Raul...
Coisas do universo... vai saber...
Mas a todos, sem exceção, o meu sincero amor.
H.

TENTE OUTRA VEZ

(Raul Seixas)

Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez

Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não

Tente
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar,
não não não não
Há uma voz que canta,
uma voz que dança,
uma voz que gira
Bailando no ar

Queira
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez

Tente
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez