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27 agosto 2015

Assim tão de repente

Sussurram os não ditos em uníssono
Afligem-me os ouvidos, que ouvem reticentes
É para dar atenção?
Entre a razão e a estrada deserta, a sombra das árvores do silêncio.
Bastam os sons dispersos, distantes, desconhecidos.
Não precisam de atenção.
Onde está o ruído grave, som distorcido que berra impropérios de vida?
Onde está o barulho das almas, dos cães que ladram e nunca mordem?
Onde se escondeu a coragem dos temores sussurrantes?
Onde está a resposta a perguntas impertinentes?
Não. Perguntas equivocadas não carecem de respostas.

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