Carnaval chuvoso, com jeito de frevo - "...não saia do meu lado, segure meu pierrô molhado e vamos embora ladeira abaixo, acho que a chuva ajuda a gente a se ver..."
Então: entrei no Sobretudo para ver se alguém passou por aqui neste carnaval ilustrado de muitas fantasias, como há tempos não se via. Percebi que alguém de Petrópolis, que não imagino quem seja, passou longo tempo virando páginas antigas deste blog. Fui ver o que lia, seguindo as pistas dos comentários para saber quem era. Por acaso, havia comentários de várias pessoas. Então, quem poderia ser? Mas uma coisa eu percebi: o passante visitou apenas poesias. Eu as reli... nem lembrava de ter escrito/postado. Reproduzo aqui, antes que a quarta chegue trazendo suas cinzas.
Beijos de amor de Hanna
Ave, Cecília!
MURMÚRIO
(Cecília Meirelles)
Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor!
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor!
Se eu soubesse escrever com tu, não seria Hanna; seria Cecília. E Cecília como és, só tu.
Ave, Cecília Meirelles.
H.
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