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29 março 2011

Bússolas, mapas e um caminho a seguir

Uma intuição sussurrou aos meus ouvidos - na verdade, falou tão alto que ainda sinto o eco reverberar em meus tímpanos. Foi assim: "se queres chegar a um novo lugar, segue por um novo caminho". E me deixou uma bússola e um mapa. Somente agora me dou conta de que deveria ter me empenhado mais naquelas monótonas aulas de Geografia, ainda nas primeiras séries. Como é mesmo que se usa uma bússola?!! Para onde fica o Norte, por Deus, alguém em diga!!!! E o mapa... ah, o mapa... Como vou saber para que lado fica o que, na proporção real??? Minha falta de senso de direção já se tornou famosa! E agora?! De repente, minhas orelhas e todo o entorno se aqueceram, como se um hálito morno e suave contasse um segredo - ou passasse uma discreta cola. Meu rosto todo se aqueceu... de susto! Não... certamente eu não me sairia bem em uma daquelas provas de Geografia, mas pelo menos agora já entendo que, mesmo sem saber o caminho, o lugar para onde quero ir fica para o outro lado. Bem que eu desconfiava: aquele meu probleminha básico de sempre achar que a direção certa ficava para o lado oposto ao que, na real, eu deveria seguir... Foi o que me valeu a pecha de não ter senso de direção. Vai ver que era o magnetismo de uma bússola interna. É fato: nosso coração sabe para onde queremos ir e um dia nos levará até lá, não importa quão longe tenham nos levado os caminhos errados. A bússola e o mapa estão guardados em algum lugar de nós e o caminho certo é mesmo para o outro lado. Mas não sinto que houve desperdício ao longo dos equívocos da jornada. Como sempre disse para tranqüilizar aqueles que estavam comigo de carona: "Calma, gente! Eu nunca me perco; apenas descubro novos caminhos...".

Por mares nunca dantes navegados, amor de sempre,
Hanna

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