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08 fevereiro 2011

Uma pequena história


Bom dia, amados leitores e visitantes em geral. Como prometi, vai aqui uma segunda história colhida na minha humilde - porém esforçada - plantação. Desta vez, o insight veio daquelas cujos frutos são apenas a beleza de sua flores, que nos agraciam os olhos. Li em algum lugar que a Natureza pertence ao olhar. Bonito isso, né? Pois então...
O PROCESSO INVISÍVEL DE FLORESCIMENTO

Como podem recuperar na postagem anterior, eu estava em delicado trabalho de renovação - não sei se realmente das plantas ou de mim mesma. Mas cuidava eu de reenvasar uma criaturinha linda que ganhei de outras criaturinhas lindas, na expectativa de que um dia voltasse a florir suas encantadoras flores. Confesso que com um certo descrédito de que isso voltasse a acontecer. No entanto, bastava-me ver que sua folhagem mantinha-se em crescimento constante. Quando revolvi a terra, lá estavam três novos e exuberantes bulbos, enraizados naquele pequeno espaço do vaso. Me senti fazendo um parto de cesariana...rs. Retirei aqueles bebezinhos com muito cuidado, espanei a terra, laveio-os e coloquei cada um em novo vaso, para que possam se espreguiçar com conforto e seguir seus caminhos... que talvez venham a contemplar meus olhos com suas flores. Contei isso para amigos que encontrei mais tarde, interpretando o insight que me ocorreu. A maioria riu da história, mas um deles ficou sério, pensativo. Não sei se preocupado com a sanidade desta Hanna geminiana com ascendente em aquário (só podia, né?!), ou se teve a compreensão perceptiva do lance. Repito aqui para suas avaliações... ou risos...rs.

O processo de desenvolvimento é um trabalho que se dá no fundo de nós mesmos. Isso indica que devemos ser tolerantes com todos e deixá-los crescer em seu próprio tempo. Jamais desconfiar de que são incapazes de promover suas próprias flores e frutos. Falo de filhos, amigos, colegas, e gentes em geral. Podemos ajudar neste caminho; dar uma mãozinha aqui e ali; forçar um "parto" de cesariana para aqueles que nos permitirem. No entanto, cada um é que faz o próprio esforço. A nós, bisbilhoteiros e tantas vezes arrogantes, basta-nos fazer o mesmo conosco mesmos. O primeiro movimento deve ser o de cuidar de nossa própria terra, revolvê-la quando necessário, por mais doloroso que possa ser; adubá-la com regularidade; trocar de vaso sem medo se assim convier; nunca desacreditar do que virá, para que não estejamos expostos ao ressecamento do espírito - ou ao excesso das águas, que matam a planta, como aprendi com um "filósofo de praia". E o tempo cuidará do resto. E que o que surja seja como a Natureza... pertencerá a outros olhares.
Fiquem na paz, meus inestimáveis e hipotéticos interlocutores!
Beijos, desta Hanna mais geminina do que nunca.

Nesta foto, ainda podemos ver o "cordão umbilical" da mais nova criaturinha do jardim de Hanna. Não é fofa? Tão pequeninha e tão cheia de sabedoria...
Amor de sempre.
H.

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