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19 novembro 2010

Versos livres e sós

ADORNO
Por favor, saia da borda deste lago
Deixe-me adormecer sobre o espelho d'água mansa
Tire os olhos de mim e não insista em alcançar-me os pensamentos
Não tente me pescar os sonhos pelos cabelos
Estou cansada e não quero mais pensar
Não reclamo de nada; nada tenho a esperar
Por favor, saia da borda de mim
Deixe-me acreditar na verdade inconsistente dos teus medos
Não brinque de me fazer voltar
Não insista... não me chame para nenhum lugar
Não me chame... não me adorne de conflitos e tormentos
Não me ame, porque não quero mais te amar.
H.

"Quero apenas cinco coisas:
Primeiro é o amor sem fim,
A segunda é ver o outono,
A terceira é o grave inverno,
Em quarto lugar o verão...
A quinta coisa são teus olhos...
Não quero ser... sem que me olhes,
Abro mão da primavera para que
continues me olhando"...

(Pablo Neruda)


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