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16 dezembro 2009

Historinhas insones


Alguma coisa havia no ar que a provocava e não a deixava esquecer. Como um mosquito zunindo no meio da madrugada e que o abanar da mão apenas fazia acalmar. Parava por minutos, dias, semanas até. Mas de repente, estava lá outra vez a despertar o que se aquietava. Ela não sabia o que a mantinha atrelada àquela certeza tão incerta e fugidia, perturbadora. Podia ser apenas um engano, mas havia alguma coisa que lhe dava uma certeza estranha. Não queria mais saber de algo assim tão inconcluso e tentava se libertar, como alguém que no meio da noite tenta abater o mosquito sem saber onde ele está. Aquela certeza zunia aos seus ouvidos, como quem conta um segredo que o silêncio da noite nunca deixa escutar.
Hanna S.

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