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06 dezembro 2009

Será que o amor é isso?

Olá, meus sempre e tão amados seguidores, visitantes, leitores declarados e anônimos, passantes de todas as categorias de pequisa do Google, gente de todos os matizes e os flamenguista em especial  — há que se reconhecer, é ou não é?
Pois é: Hanna acordou feliz como um passarinho. Aí vem um de vocês e tasca lá: e como é que você sabe que passarinho é feliz? Não sei; eu só sei que nunca vi passarinho ficar pensativo, parado em algum lugar; ou sequer olhando pra você mais do que o tempo suficiente para apenas ver, sem julgar, ter opinião, a primeira impressão...hehehe. Eu só sei que é assim. Mas enfim: acordei às 10h30 e abri a janela do Sobretudo. Pessoal, nem acreditei!!! Quatro comentários... isso mesmo: quatro COMENTÁRIOS ao mesmo tempo. Uaaau!!!! Exultei de alegria e cursiosidade. Fui logo saber quem e o que escreverem esses quatro, que logo percebi que eram apenas três. Mas três queridos comentários que inflaram de alegria o domingo de Hanna. E, como vocês são meu assunto preferido, vou fazer deste fato inebriante a postagem de hoje. Espero que agrade a todos, mas principalmente aos três que comentaram e me deram o gancho da conversa e das histórias. 



Comentário sobre o primeiro comentário à postagem 
"O amor é outra coisa" 

"Nossa Hanna!
Estou bobo, todo mundo fala que agente não consegue descrever o amor, i eu achava que isso era verdade até ler esse texto. Para mim não é surpresa que vc faça isso, pq vc tem a moral de fazer apenas coisas lindas e legais.
Abraços e beijos.

Doti7".

Como já contei pra vocês poucas postagens abaixo, o Doti7 é um cara de 12 anos, que eu não conheço (vai ver que tem, na verdade, uns 40...hahaah) e que acompanha dedicadamente as bobagens de Hanna. Já declarei que é uma honra ter o Doti7 por aqui, mas por esse comentário eu juro que não esperava. Veja como tenho razão quando digo que até para escrevre bobagens a gente tem que pensar em quem nos dá crédito e ter uma certa responsabilidade afetiva e ética na parada. Vejam só que coisa séria: um cara de 12 anos descobre o que é o amor pela postagem de um blog que fala sobretudo de qualquercoisa, feito passarinho. Sinto-me, caros passantes, na responsabilidade de responder publicamente. E antes de qualquer coisa, devo lembrar que o texto da tal postagem é tirado do Twitter "oamorheoutracoisa", que achei muito engraçado e por isso divulguei aqui. Foi o Eduardo Germano quem me apresentou esse Twitter. Pois bem: Querido amigo Doti7, É como diz o texto: "o amor é outra coisa". Você tem razão quando diz que ninguém consegue descrever o amor. Talvez seja porque ele é indescritível e não tenha mesmo definição. Pelo menos não para nós, habitantes deste planeta em risco de extinção por mau uso, e tão limitados. Como você deve saber, já que acompanha as bobagens de Hanna, eu acredito que aquilo que não sabemos e por isso não acreditamos que possa existir faz mais sentido do que tudo o que vemos. Pensamento quântico-esotérico-amoroso, digamos. Otimismos quântico-científicos-exotéricos de Hanna. Percebe a diferença entre esotérico e exotérico? Não? Pois bem:  acho importante explicar — parênteses rápidos: 
 
Esotérico, do latim esotericu, em grego, esoterikós. Diz-se do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era reservado aos discípulos completamente instruídos; todo ensinamento ministrado a círculo restrito e fechado de ouvintes; ou ainda todo ensinamento ligado ao ocultismo; em linguagem figurativa, significa tudo o que é compreensível apenas por poucos; obscuro, hermético. 
Exotérico, do grego exoterikós, em latim exotericu. Ensinamentos que eram  transmitido ao público das escolas da Antiguidade grega sem restrição, pelo interesse generalizado que os gregos tinham pelo tema e a forma acessível em que podia ser exposto, por se tratar de ensinamento dialético, provável, verossímil. 

Como você pode ver, meu querido Doti7, eu transito entre o grego e o Latim nestas questões de interesses aleatórios (sou metida pra carái*,  né não?...hahaha)Nariz de cera à parte, não tente entender aquilo que transcende a nossa pequenez, meu lindo. Deixe acontecer e viva. E acredite: acontece a toda hora! Em qualquer idade! Desde sempre! E sempre! Por e para todos! Então, só tenho o seguinte a acrescentar às frases do pessoal que mandou bem essa  história no Twitter: 

— O amor não faz você enlouquecer de vontade de estar em simbiose com a outra pessoa. O nome disso é tesão. Amor é outra coisa... 
— O amor não é um ataque incontrolável de tesão. O nome disso é testosterona, o hormônio responsável pela libido tanto masculina quanto feminina. Amor é outra coisa... 
 E vá acrescentando tudo aquilo que você acha que o amor NÃO é. Por eliminação, quem sabe você acaba descobrindo o que É... 
E se descobrir, não deixe de contar pra gente, valeu? 
Beijos e abraços, Doti7! 

* Carái: copyright Rodrigo Lariú, fundador do famosíssimo selo Midsummer Madness,  frequentador assíduo do  Fanzine do Globo. Yeah!  

  
Comentário sobre o segundo comentário à postagem 
"O amor é outra coisa"  

Anônimo disse...
"Valeu Hanna!!! Muito legal mesmo!!! Deu pra dar uma relaxada. Sei q muitos já falaram e tentaram explicar, mas já q "o amor é outra coisa", o que seria ou é pra vc o amor???
Um grande beijo. "

Ai, carái... anonimatos me dão comichões, sabiam? Fico louca pra saber quem são. Faço altas elaborações de análise do discurso para sacar as pistas, mas acabo deixando pra lá, em função da preferência por  imaginar quem possa ser para construir cenários, jogos de luzes e fantasias, poesias, textos, mesmo errando todas e a criatura sendo  mesmo, apenas,  um(a)... anônimo(a). Mas enfim: pelo menos acaba sobrando algumas mal traçadas linhas para compartilhar com vocês. No fundo, também adoro os anônimos e anônimas.  Já deu pra perceber que estou enrolando para responder, né não? Então tá.

Cara pessoa anônima,
Rir é bom, né? Relaxa... Mas como diz o Frejat, rir de tudo é desespero. Nossa... não tinha uma perguntinha mais fácil? Eu acho que disse lá no início, mais ou menos, o que eu penso que seja o amor. Mas acho que você mandou bem na pergunta. Boas perguntas são aquelas simplérrimas, mas que têm o poder de deixar o interlocutor numa espécie de sinuca de bico (alguém, por favor, pode explicar pro Doti7 o que é isso?). Ou a criatura responde de uma tacada só, quando se presume que poderá ser verdadeira e sincera sobre os fatos; ou será levada a refletir para responder. É claro que sempre haverá a chance de mentir para sair do desconforto, mas para isso há que se ter muito talento. E este eu juro que me falta.  Eita, enrolada besta...
Pois bem: devo dizer que decido por fazer como o saudoso Leonel Brizola em suas interessantes entrevistas e responder algo inusitado, que nada tem a ver com a pergunta, mas com a minha própria vontade de dizer. Pode ser? Sendo assim, quero aproveitar esta importante e oportuna pergunta para esclarecer o que me ocorreu quando desisti de fazer a análise do discurso do comentário, de forma a dar lugar às elocubrações edonistas tão comuns nestas geminianices de Hanna. Sim, minha querida pessoa anônima, rever os melhores momentos da vida e pensar que ainda podem voltar faz um bem danado, mesmo que a imaginação esteja superestimando os fatos. Se estiver, como não passa mesmo de imaginação, não vai afetar o real da vida. Mas pode deixar uma espécie de perfume de possibilidades no ar. Um daqueles da marca "será?..."; ou então daquela outra, do tipo "bem que podia ser...". Mesmo que a deliciosa possibilidade seja a de reafirmar uma decisão que foi somente sua e que a imaginação te leva a novamente ter o prazer (às vezes sádico, às vezes mórbido...rsrs) de confirmar. Algo como: "não acredito que fiz isso; de novo, nem pensar; ainda bem que passou; nossa... como fui tonta; cruz credo, desconjuro".  E depois, quando a gente volta para o agora, sente a vida  real e o que concretamente existe, com todas as belezas verdadeiras e, ainda mais, novas possibilidades — inclusive as de voltar a fazer as bobagens que jurou nunca mais repetir! Que Deus nos guarde...rsrs. Mas aí pensei:
"Quem será? Hummm... será que alguém que eu quis e não me quis? Ou será alguém que me quis e eu não quis? Pode ser alguém que eu nem conheça;  mas também pode ser alguém que eu pensava que conhecia e me enganei. Quem sabe alguém com quem eu gostava de conversar e me esqueceu? Ou que gostava de conversar comigo e quem esqueceu fui eu? Estava assim, revirando o baú de lembranças, quando um passarinho chegou afobado e pousou quase ao meu lado. Olhou para um lado,  para o outro, olhou para mim e saiu batendo asas e esvoaçando meus pensamentos pelo ar; e todos eles foram sumindo feito fumaça ao vento. O sinal abriu e eu atravessei, deixando tudo para trás. Ao chegar ao outro lado da rua, já havia decidido que a postagem de hoje seria sobre o quanto amo todos vocês que passam por aqui e deixam suas impressões e registros. Mui querida pessoa anônima, eu te pergunto: você acha que isso pode ser amor? E assim devolvo a pergunta que acho que não tenho competência para responder. Gostou?
Um grande beijo pra você  e um abraço longo e apertado.
Da Hanna que a todos ama mesmo sem que para isso haja qualquer definição.
Bom domingo, pessoas!!!!!!
H.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tendi não... Não eram quatro comentários? Ou são dois comentários comentados, noves fora, quatro? Bjsjsjs...rsrsrsr

Anônimo disse...

É claro q gostei!!! Na realidade já estava satisfeita com a resposta acima. Mas penso q capacidade para falar e explicar o amor vc tem de sobra, pois em todos os seus textos o amor exala e podemos sentir seu perfume. Sabia q o amor tem perfume????
Um Grande Beijo

Hanna disse...

Obrigada pela resposta à resposta...rsrs.
Poxa, o anônimo é, na verdade, anônimA... Estava crente que era... Bom, deixa pra lá... Fico feliz por ter a audiência de uma tão simpática anônima. Que bom.Um beijo.
H.