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27 setembro 2009

Do site Releituras, Affonso Romano de Santana

LIMITES DO AMOR

Condenado estou a te amar
nos meus limites
até que exausta e mais querendo
um amor total, livre das cercas,
te despeças de mim, sofrida,
na direção de outro amor
que pensas ser total e total será
nos seus limites da vida.

O amor não se mede
pela liberdade de se expor nas praças
e bares, em empecilho.
É claro que isto é bom e, às vezes,
sublime.
Mas se ama também de outra forma, incerta,
e este o mistério:
— ilimitado o amor às vezes se limita,
proibido é que o amor às vezes se liberta.

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