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18 abril 2009

Conversinha fiada

A insistência é uma espécie de equívoco de direção. Se é preciso insistir, é porque há resistência do que vem de lá. É como estar com o nariz encostado na parede, tentando atravessar, sem se dar conta de que a saída é para o outro lado, para o lado de lá!!!! Insistência é resíduo da teimosia. Os teimosos são conquistadores, interessantes, decididos, sabem o que querem; mas os insistentes são apenas equivocados, meio míopes, com os pés virados para as costas. Só andam para o lado errado. A insistência é prima irmã do desastre. E o pior é que apesar de primos em primeiro grau, não se dão e jamais se entenderam; se apontam mutuamente como os culpados da situação, acusam-se entre si e choram cada um para seu lado. Nem solidários são! Resíduo de teimosia é como lixo contaminado de usina nuclear: o que sobra daquela energia que ilumina tudo (a teimosia é meio assim), pode matar sem piedade (a insistência às vezes é meio assim). O universo não leva em conta a insistência, porque tudo está corretamente em seu lugar e assim seguirá sendo - nem adianta insistir. A realidade não consegue se abaixar tanto para ouvir a voz pequena da miúda e residual insistência. Mesmo que a insistência consiga imprimir alguma marca nos fatos, serão marcas irrelevantes, que se apagam facilmente, perdurando apenas no esforço inútil do insistente. A realidade é harmônica, em paz, muito melhor do que supõe nossa insistente fantasia.
É como diz o ditado: "Deus só nos castiga quando nos faz a vontade".
E a todos um final de semana de muita paz.
Hanna.

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