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27 novembro 2011

I'm afraid I've made a mistake...

O Sobretudo recebeu hoje um comentário - ou melhor, uma solicitação. Anônimo pergunta, em inglês, se eu autorizo a utilização, na página dele (ou dela), de uma postagem cujo título é Aforismos de Hanna e diz o seguinte:

"Há coisas na vida
que só foram boas porque não duraram
tempo suficiente para serem ruins".

Coisa antiga... Aliás, tão antiga que eu até acho que não diria mais assim. Não que tenha mudado de ideia - o que para Hanna, aliás, é quase um hábito! Mas, de verdade, não acredito que tudo na vida acabe se tornando ruim. Muito pelo contrário! Acho mesmo é que nada começa exatamente perfeito, mas tudo tem grande chance de vir a ser. Esta é a lógica da existência: o desenvolvimento, aperfeiçoamento, evolução. O fato de ser o caminho natural não quer dizer que seja dado de bandeja. É preciso um investimento pessoal, no que quer que estejamos apostando. Então, porque eu teria dito esta bobagem irresponsável e ambigua? Tá: primeiro, porque era um aforismo - expressão curta e concisa que flutua entre o filosófico e o literário, que provoca o pensamento; depois, porque eu estava tentando convencer alguém de que um sonho romântico não realizado pode tornar-se uma ilusão de felicidade, que a vida real talvez não confirmasse. Daí o "só foram boas porque não duraram o tempo suficiente para serem ruins". Na verdade, o certo seria dizer: não duraram o tempo suficiente para se tornarem reais". Gostaria de poder desdizer aquele aforismo de Hanna e oferecer algo mais positivo ao visitante. Mas como ele (ou ela) postou como Anônimo, posso apenas torcer para que leia esta postagem e goste mais do que digo agora.
Amor de sempre!
H.






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