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27 abril 2011

Um dia eu volto, quem sabe...

Alguma coisa acontece... sempre. E é bom que seja assim, para que nossos olhos não fiquem desamasiadamente voltados a uma cena única. O mundo é cheio de ilusões, e às vezes temos o impulso de trocar todo um longo percurso já vencido por momentos parcos de descanso, aconchego, paixão, alegria, volúpia, prazer, gozo, sono, preguiça - catarses e aflições de espírito, que a pemanência engendra e nos faz desejar com toda a ênfase de quem merece o prêmio. Hora de voltar à estação e esperar o aviso do trem. Malas abertas, saltam velhas lembranças que lá foram esquecidas ao longo de tantas viagens. E todas cantam alguma música para distrair a memória; acalanto, canções de ninar. Vida louca, vida breve... Eu vou descendo por todas as ruas e vou tomar aquele velho navio...Um dia eu volto, quem sabe... O vento vai levando tudo embora... Mas a vida continua e se entregar é uma bobagem!
Olha só o que eu achei...


Post-scriptum: e o que eu faço agora com essas lindas rosas brancas que a tua voz suave depositou ao ouvido da minha tristeza, fazendo desabrochar o espanto, a leveza, o riso e a alegria? Olha só o que eu achei... estrela do mar caída do céu.
Amor.
H.

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