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20 julho 2010

Desconstrução poética


Construí um muro de giz na frente da minha palavra
Para você poder rabiscar o que eu disse por dizer
Branco no preto, está lá em traços livres
A liberdade sem portão, como liberdade deve ser
Vire as costas, que eu nem ligo; se gritar vou resistir
Saco o apagador e em gestos largos,
Apago em covardia, às tuas costas,
A imagem de ilusão do que nem chegou a ser.
Caído ao chão qual sonho desvalido
Percebo o amor que talvez houvesse tido
Se o fio longo do sangue então vertido
Apagasse a morte e não o amor em vão querido
Dos riscos fortes, profundos e feridos
Nada restou além de tênues gemidos
como um giz que se cansou e umedecido
nada mais escreve além de agudo indesejável ruído
nenhuma palavra, nenhum gesto, nada que faça mais qualquer sentido.
ido...ido...ido...ido...

Hanna, em rimas toscas




2 comentários:

Doti7 disse...

Hanna, acabei de fazer um post falando do novo técnico da seleção, coloka esse post aí no Sobretudo...
Bjs

Hanna disse...

Tá, vou colocar. Eu estava brincando sobre o anúncio, mas de qualquer forma obrigada. Ah, e eu conheço o Gilberto Palmares sim. É por isso que recomendo o voto. Só recomendo o que conheço e confio. Pode votar sem medo, quando tiver idade pra isso.
Bjs.
H.