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18 novembro 2009

Coisas de mim mesma

É... a autoria é uma coisa difusa. Vai que de repente um anjo está soprando coisas ao seu ouvido e você não inventa nada, mas apenas copia. Depois, vaidosamente, passa a assinar embaixo e dizer que é seu. Temos uma vontade de possuir incontrolável. Não sei porque estou dizendo isso. Talvez apenas para justificar que li alguma coisa que eu mesma escrevi aqui no blog e deixei de assinar. Agora quero repeti-la e dizer que fui eu mesma quem escreveu, sentiu, sofreu, chorou, pariu e esqueceu. Não sei mais o motivo que me levou a dizer aquilo que vou agora reeditar — pode ser que os fatos da lição aprendida e assimilada vão para a gaveta do esquecimento... pode ser. Que seja... Mas talvez por isso me ocorra essa desconfiança de que um anjo doce pode ter-me soprado as frases ao ouvido no momento oportuno e necessário. Talvez por isso não tenha assinado. Mas se o blog é meu, tudo o que está nele e que não leva assinatura de outros, obviamente, é... meu. Ou não? Não tenho certeza. Autoria é uma coisa difusa, um emaranhado de pensamentos, sentimentos, temores, palavras e vida. Mas vamos ao que interessa. Andei consultando o que as pessoas têm lido aqui no Sobretudo a partir do Google. Alguns visitantes chegam buscando outra coisa, como quem não quer nada, mas vejo que acabam voltando (uau! que metida...rsrs) pelo mesmo caminho que os trouxe até aqui, ou seja: Google e a tal palavra que buscavam da primeira vez. Vi então que tem alguém que chega aqui sempre através da palavra "pergaminho". Mas confesso que fui lá ver o que eu havia feito sobre isso e não encontrei nada. Estranho... Mas ao visitante que vem aqui buscar "pergaminhos", e que eventualmente encontrou sobretudo outra coisa qualquer, o meu mais sincero afeto  e honrada alegria por sua presença.  Que na busca de seus pergaminhos possa ter encontrado, nas meras palavras desta que vos escreve, algo que afague o coração. E agora, das páginas por onde o visitante andou, o tal texto que vou desta vez assinar, com mais justeza na autoria:



"Os enganos, às vezes, são as nossas melhores bússolas. Aquelas que nos mostram os caminhos que não sabíamos, mas queríamos; que seguimos embora não devêssemos, e que nos devolvem, mesmo que aos frangalhos, aos portos seguros".  

Eu e os anjos que sopram coisas aos meus ouvidos distraídos.

H.



PS.: Se não houver outro jeito, não se furtem aos enganos. Com eles aprendemos as lições mais difíceis de assimilar. E o que não nos mata, certamente nos fortalece.
Beijos desta Hanna que a todos ama.

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