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16 setembro 2009

Adornos...

Há tempos, pensamentos emaranhados vêm me despertando na madrugada. Acordo e atendo como quem ouve um chamado urgente, ou como quem apenas aguardava este chamado para despertar. Levanto prontamente e abro as portas e janelas possíveis, como quem corre ao vento em longo esforço, na certeza de alcançar a mão distante do par —  ânsia incontida da dança, da roda, da leveza e paz da alegria de amar. Ontem duvidei da certeza, da esperança e da fé. O chamamento explícito não me fez levantar. Letras claras, monossílado, exclamações estampavam-se com estranha autonomia no pensamento, querendo emaranhar-se em mim como um código de resgate da certeza em aflição — "Sou eu! Sou eu sim! Abra a porta; estou aqui!", parecia querer dizer. Voltei-me para o outro lado, onde a realidade não comporta janelas e saídas, onde tudo é friamente calculado e inerte; lá onde não se conjugam as possibilidades escondidas sob o manto do impossível. Lá onde tudo é fato e nada é impressão; onde a vida exuberante cede o lugar à tosca versão. Cansaço, puro cansaço. Ou seria pressa, urgência, aflição? Não sei dizer e não quis pensar. Olhei a janela e duvidei. Dormi.

PS: Aí, vem a bobona da Hanna com uma explicação metafilosófica: 
"Você deve ter dormido com a TV ligada no desenho dos Flintstones...hahaha....
"Abra a porta, Wilmaaaaaaaa!!!!!!".
Então tá então...rsrs

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