Páginas

01 setembro 2008

Amazônia paraense por uma carioca renitente

Margem do rio Guamá. Do outro lado fica a cidade de Belém. O Guamá é navegável numa extensão aproximada de 160km e apresenta larguras superiores a 1km. De alguns pontos, temos a impressão de estar navegando no mar, com ondas leves e uma maré que empurra o barco para os lados. Por este rio trafega grande volume de comboios transportando seixe, areia e brita para Belém. Na margem oposta à da cidade, alguns restaurantes rústicos servem peixes maravilhosos com conhecida (e cara no Rio de Janeiro) cerveja Cerpa, que é produzida na região. A travessia do Guamá é feita pelos chamados popopó, pequenas embarcações de madeira com um motor central que sugeriu o apelido dos barcos pelo barulho que faz. A floresta ao longo do Rio reproduz as características do solo amazônico, com um tapete denso de folhas mortas e encharcadas pelas águas que o rio traz na maré alta e pelas chuvas freqüentes. A sensação que se tem ao pisar naquele solo é indescritível - primeiro, o medo de se ferir com algo que possa estar por baixo daquele tapepe fofo; depois, o frescor da água fria envolvendo-nos os pés a cada passo. A natureza é muito esotérica....O Guamá é um dos rios da região amazônica que apresentam o fenômeno da Pororoca - o encontro das águas do rio com as águas do mar. As águas altas (cheias) ocorrem de março a agosto e as mínimas, quando o rio fica mais baixo, em dezembro. Espero ver esse encontro da águas um dia. Dizem que é extasiante... deve ser. Vai aí o mapa e mais algumas fotos para deleite dos meus poucos mas amados leitores. A árvore da foto tem raízes gigantescas que se dobram umas sobre as outras formando abrigos que parecem cavernas de pedras. Os galhos altos hospedam lindas bromélias, que prometo mostrar na fotos que vou postar amanhã. Também não consegui descobrir o nome da árvore. Mas amanhã, quem sabe... Pelo menos o coqueirinho ali eu sei o que é... é açaizeiro... Mas essa é fácil,né?

Nenhum comentário: